Vereadora Eliane Sinhasique visita bairros da Baixada da
Sobral e pôde constatar os estragos feitos pela pesada chuva que desabou ontem(08/01), Rio Branco e que ocasionou alagamentos em diversos pontos de nossa
cidade. Na sua visita a vereadora ouviu os moradores, vítimas desses
alagamentos, fruto de obras mal planejadas e mal executadas que estão trazendo
transtornos e prejuízos principalmente às pessoas mais carentes de nossa
comunidade.
Conjunto Carandá
Falamos com a sra. Raimunda Nonata, moradora da rua Pero Vaz
de Caminha, ela relatou que na hora da chuva, a água inundou a rua e chegou a
dois dedos de sua varanda. As pessoas no Conjunto já apelidaram o local de Ilha
Carandá.
Na rua Carlota Joaquina o mato está crescendo no meio da rua, formando poças de esgoto e água da chuva por mais de cem metros, as pessoas não conseguem passar com seus carros e motos e o SAMU tem dificuldades para prestar socorro à pessoas enfermas, quando são chamados, dizem que pode demorar por que não tem ambulância, mas, é só uma desculpa por causa das ruas ruins.
A sra. Valdilene de Souza informou que a canalização de
esgoto ainda não foi liberada pela empresa que está fazendo o serviço, por isso
vai pra rua. O prefeito esteve no local e mandou que a máquina fosse passada
pra limpar a rua, mas, os encarregados não fizeram o serviço. Os moradores
indignados dizem que o governo os tirou de um lugar de risco, pra levar para
outro.
Na rua Fortaleza, 93 encontramos o sr. Francisco Elildo, o
pequeno comerciante nos informou que sua
casa onde mora há mais de 20 anos nunca tinha alagado, depois de obras nas ruas
próximas e terem tampado um bueiro que dava escoamento da água de chuva nas
proximidades, ontem, sua casa alagou e outras do bairro também. Mostrou na rua
São Pedro um bueiro que não serve pra nada.
Também no Bahia Nova encontramos a sra. Rosilene Lima, que mora à margem de uma valeta de escoamento, no Beco 13 de maio,teve sua casa alagada ontem, as benfeitorias em outras ruas, represaram a água da valeta que entrou para dentro das casas.
A situação no Bairro João Paulo é caótica, a instalação de
manilhas de pouco diâmetro numa valeta que cortava o bairro, a qual servia de escoadouro para as águas pluviais e o esgoto, causa agora o represamento das águas
que vem dos vizinhos, Plácido de Castro, Cabreuva e do próprio bairro João Paulo. Essa água, não tendo como escoar, adentra nas casas, tornando a vida dos moradores um inferno.
A sra. Francisca de Jesus Araújo moradora da rua Sebastião Amâncio nos informou que mora no
local, há 35 anos e sua casa nunca tinha sido alagada, depois
que a prefeitura ou o estado fizeram “benfeitorias”, durante a chuva de ontem
sua casa ficou alagada e está até agora, pois, a água não tem para onde ir, tem
que ser tirada com um balde. Na casa reside um senhor que é surdo e perdeu o
aparelho auditivo ontem, na confusão.
Em outra residência que também alagou, há duas pessoas
enfermas, uma que faz quimioterapia e outra que sofre com diabetes e é
deficiente visual.
As pessoas que moram no Bairro João Paulo estão indignadas com a situação em que se encontra o bairro, pois, as obras não terminam nunca e o que já foi feito é “muito mal feito”, inclusive moradores informaram que os próprios funcionários da empresa que está fazendo o serviço, Pedra Norte, disseram que iriam fazer o serviço com os canos finos, mas, que não iria adiantar de nada.
A Estrada da Sobral estava fechada até o meio-dia e os
moradores tinham uma reunião marcada para as duas da tarde com o pessoal
encarregado das obras, para que seja dada uma solução para o caso. Eles querem
que algo seja feito, pois, as casas não alagavam antes e agora, depois que
foram feitos serviços, as ruas e casas estão alagando.