Homofobia
é a antipatia, o desprezo, o preconceito, a aversão e um medo irracional para com as pessoas homossexuais. A homofobia gera
um comportamento crítico e hostil dentro da própria família.
Falar
sobre homossexualidade é um dos primeiros passos para se entender e conviver
com as pessoas que, no meu entendimento, não “optaram” e nem tiveram uma
“orientação” sexual para serem homossexuais.
Ser
homossexual, para mim, não é uma opção e nem uma orientação. Ninguém orienta um
filho, um amigo, um sobrinho, um irmão para ser gay ou lésbica.
Homossexualidade,
para mim, é como a cor dos olhos. Não escolhemos qual a cor dos nossos olhos,
da nossa pele, do nosso cabelo. Simplesmente nascemos com eles e pronto!
Mas
a família, por falta de conhecimento, por causa de uma cultura machista e
preconceituosa tende a não querer falar sobre isso mesmo quando percebe que um
filho ou uma filha tem um jeito, assim, “meio diferente”.
Quando
percebem isso começam a mandar mensagens tipo: “Deus me livre de ter um filho
boióla!”, durante uma conversa com amigos na presença da pessoa da família que
se suspeita que é homossexual.
Pais,
mães, avôs, avós, tios e primos dizem tanta coisa contra os homossexuais que o
membro da família se sente acuado. Se fecha em copas. Para de conversar, tem
medo de demonstrar que não é bem o que eles esperavam que ele fosse.
Nesse
momento a retração, o sofrimento, o conflito interno, sobre sua sexualidade
pode levá-lo à depressão. Vemos muitos casos de esquizofrenia, de suicídio, de
rebeldia ou vandalismo porque as pessoas que são homossexuais tendem,
inicialmente, a negar sua homossexualidade.
Por
medo de ser rejeitado pela família, por medo do deboche, do preconceito, por
medo de causar uma forte decepção para a família, essas pessoas tentam namorar
outras do sexo oposto e vão levando a vida de mal humor, infelizes.
Conheço
pais que colocam seus filhos para fora de casa porque não aceitam a
homossexualidade deles e os empurram para o submundo da homossexualidade, onde
muitos se envolvem com drogas para anestesiar seus conflitos.
Vem
aí a Campanha por um Mundo Livre de Homofobia. O evento será neste sábado, dia
7 de julho, na Biblioteca da Floresta, a partir das 14 horas e está sendo
organizado por uma turma do curso de medicina da Ufac.
Essa
é uma grande oportunidade de se falar e ouvir sobre o assunto, para saber lidar
com os membros da família que são homossexuais. Com muito amor e sem homofobia!