quinta-feira, 12 de setembro de 2013

ALGO "EM DESCONFORMIDADE" PODE ESTAR CORRETO? OU INDICAR QUE ESTÁ FORA DO PADRÃO?

Água com qualidade ou água potável é aquela destinada ao consumo, cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos estão dentro do padrão de potabilidade que não ofereça riscos à saúde humana.
Devido a sua grande importância, quer seja na nutrição ou na higiene dos alimentos, diferentes agentes podem ser transportados pela água e, desta forma podem ter fácil acesso ao organismo, caracterizando a água como elemento transmissor de doenças.

A importância da água para manutenção da vida na Terra é um assunto extremamente discutido nos diferentes meios de comunicação. A vida terrestre depende totalmente da água limpa e livre de impurezas, micro organismos e poluição. Porém, mais de cinco milhões de pessoas morrem de doenças causadas pela contaminação da água.




No Brasil, as regras que determinam a potabilidade da água foram estabelecidas pela Portaria de nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde. Porém em diversas regiões as condições de saneamento (no Acre saneamento “não é a praia” de nossos administradores) e qualidade das águas são precárias e permitem que estas provoquem vários surtos epidêmicos e altas taxas de mortalidade infantil.

Segundo a portaria 2.914 do Ministério da Saúde, a presença de coliformes na água indica contaminação, com o risco potencial da presença de organismos patogênicos, e uma vez que são mais resistentes na água do que as bactérias patogênicas de origem intestinal. A presença de coliformes totais em alimentos não indica, necessariamente, contaminação fecal ou ocorrência de enteropatógenos, “já a água para consumo humano tem que estar totalmente ausente de qualquer tipo de coliforme, tanto os totais como os termotolerantes”. Pode-se constatar então que a água com “coliformes totais” está imprópria para consumo humano.

O diretor da UTAL ressalta que não há nenhum estudo atual feito “pela Utal” em relação a água de Rio Branco, o que o isenta de responsabilidade sobre possíveis contaminações ou não.

Vejamos então... Se a água para consumo humano (beber), deve estar totalmente livre de contaminação, seja por coliformes totais ou coliformes fecais ou quaisquer outros micro organismos, e isso, está explícito na Portaria de nº 2.914, do Ministério da Saúde em 12 de dezembro de 2011, a análise feita pelo UTAL e o resultado (presença de coliformes totais e em “desconformidade com a portaria citada acima), estaríamos corretos em dizer que “a água estaria “inadequada” para o consumo (ingerir) humano, pois, “poderia” oferecer riscos a saúde das pessoas. Como todos sabemos, a ingestão de água direto da torneira é muito grande em nossa cidade e, em todo o Acre. Essa ingestão poderia sim, causar erupções e coceiras na pele das pessoas, bem como diversos problemas estomacais e intestinais muitas vezes confundidos com “viroses”, muito comumente detectada nas consultas médicas em postos de saúde e UPAs.

Uma água que esteja em “desconformidade” com uma portaria do Ministério da Saúde deve ser declarada “imprópria” para o consumo humano.


O grande problema aqui fomentado, não é “se a água de Rio Branco está contaminada”. Mas, que esteja “imprópria para o consumo humano”, tendo em vista a análise feita por um órgão oficial (UTAL), de uma Universidade Federal UFAC).

Outra coisa que nossas autoridades, “cientistas de gabinete”, ignoram é que: “nem todas as famílias podem “comprar” a água “dita mineral para beber”. A grande maioria bebe a água como ela sai da torneira e isso é ignorado pelos “reis enclausurados em seus castelos”.

Não errou a senhora que denunciou a qualidade da água e a coceira em suas crianças, não errou a vereadora Eliane Sinhasique ao dar prosseguimento à investigação para apurar o fato, nem errou o site AC24horas em divulgar o resultado desta análise. Erradas estão nossas autoridades em ter conhecimento sobre a “qualidade” da água servida nas casas de nossa cidade, pois, conforme disse o “líder do prefeito na Câmara Municipal outro dia”, teriam sido recentemente feitas análises em 55 pontos diferentes da cidade de Rio Branco. A água analisada certamente deve ter apresentado o mesmo resultado a que chegou o UTAL (em desconformidade com a Portaria 2.614 do Ministério da Saúde), mesmo assim, esse parâmetro foi ignorado e a água considerada “própria para o consumo humano”. As instituições responsáveis pelo abastecimento de água em nossa capital deveriam ter a dignidade de pelo menos advertir em uma campanha publicitária que: “a água disponibilizada nas casas, não deve ser bebida, somente usada para outras utilidades” ou fazer a purificação da água de conformidade com a “portaria 2.914 do MS”. 

Simples assim!

Assessoria